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Dia 1

"Não consigo deixar de pensar há quanto tempo devereia ter tomado esta reacção...se pensar ainda mais seriamente,poderiamos atribuir a culpa a cada um de nós...
Sim,por mais doloroso que possa ser o pensamento, a verdade é mesmo essa...
...Reagimos no último momento...e porque tu não aguentaste mais...
...Senti-me tão impotente contigo como nunca tinha acontecido,vi-te sofrer,parecias um velhinho asssusrtado,à espera que viesse não sei bem o quê ou que simplesmente as dores passassem e nada do que sentias fosse senão um pesadelo...

Infelizmente não passou...ver-te entrar na ambulância partiu-me o coração,ir atrás dela moeu-me como nunca mas não podia fazer muito mais...
Cheguei primeiro que tu e só te perguntei se estavas bem...sentia-me tão assustada...tinha pavor que tu começasses a choramingar e que me faltassem as forças para te animar...

Mas foste um valente ,aguentas-te as horas todas de espera e sempre bem disposto dentro do possível...adivinhavam-se uns dias turbulentos...e quando a médico me chamou foi curta e grossa...
(...)

Perante um diagnóstico mais reservado e bastante instável,quando cheguei ao final da tarde já estavas no S.O...pareceste-me calmo e incentivado...se era verdade ou se estavas a disfarçar não consegui perceber...
Dava tudo para imaginar quais os teus pensamentos e para argumentar de foremsa favorável para te fazer sentir o melhor possível...

Naquele dia entrei em desespero por te deixar sozinho no quarto,com tanto medo que tens da noite e do escuro...e quando chegámos a casa a realidade foi dura...

Estavas internado..."
11/08/2010

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