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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2014

Afetos

Decorria o ano de 2012 quando conheci o casal França...e que casal! Ele alto e bem parecido, mas infelizmente algo já debilitado pela doença.Ela, nariz arrebitado, dona da sua casa e não a favor de "gente estranha" ao seu redor. Quem estivesse atento ao discurso, rapidamente percebia que o Alzheimer tomava conta da sua cabeça, mas o marido, com uma paciência e calma difícil de encontrar nos cuidadores ao fim de tanto tempo lá ia tentando responder às questões da amada. A 5 de outubro de 2012 entro naquela casa pela primeira vez sozinha...com a árdua tarefa de acompanhar ao fim do dia a D. Conceição, uma vez que o marido já tinha falecido. Ia um pouco receosa pela abordagem inicial e já com um pré-aviso do feitio bastante difícil da senhora. Juntando o facto de ter de lidar com o luto, piorava tudo. Mas lá fui... Toquei a campainha e mal a porta se abre, vejo uns olhos esbugalhados, saídos de uma cara séria, aspeto circunspecto..."Quem é você?", pergunta

Sistema Nacional de Saúde

Acabei de ouvir uma notícia no telejornal e sinceramente sinto-me incrédula! Como é possível no ano de 2014, o nosso sistema de saúde funcionar assim? E digo assim...tão mal!Tão pessimamente mal? Como é que se explica que alguém espere 2 anos em meio hospitalar para fazer um exame? Como é  que tanto se apela para serem feitos rastreios como meio de prevenção e despiste, e depois, quando os cidadãos os fazem...ficam na mesma? Ou piores, pois sabem que algo não está bem na sua saúde e são confinados a uma lista de espera em meio hospitalar e vivem com a agonia da espera... Espera essa que, como neste caso, acabou por ser prejudicial, uma vez que o cancro desta senhora tornou-se inoperável...é ou não é angustiante? Se as pessoas são encaminhadas para o hospital, para consultas ou exames é porque precisam, é porque é urgente, ou em muitos casos já é o último recurso. Temos direito a esse serviço, temos direito a ser atendidos o quanto antes. Os serviços têm de dar resposta o

As mulheres e a maternidade

Porque será que quando uma mulher chega aos 30 anos a pressão sobre o fator "maternidade" tem tendência a ser impulsionada por todos aqueles que as rodeiam? Perguntas frequentes como então para quando é, não achas que está na altura, estás à espera de quê passam a ser frequentemente dirigidas e por vezes em resposta sai simplesmente um ligeiro sorriso amarelo pois nem as próprias sabem bem o quer responder, quer-me parecer! Na maioria dos casos acredito que não exista um motivo...vai-se simplesmente adiando algo que se pode efetivamente adiar! Primeiro porque devido à crescente emancipação da mulher, esta acaba por ter outros objetivos de vida que antigamente não constavam sequer nos pensamentos femininos. A mulher de 30 anos dos nossos dias pretende terminar os estudos e muitas das vezes ainda arrisca colocar-se em pós-graduações ou formações complementares. Essa mesma mulher,posteriormente quer encontrar um emprego de acordo com a sua qualificação, e sendo nova obv