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Mensagens

A mostrar mensagens de 2014

Votos para 2015

Nesta altura do ano quase que inevitavelmente damos por nós a fazer uma retrospetiva do que vivemos ao longo dos 365 dias passados... Não sou de definir objectivos. Gosto de relembrar o que marcou. Só. Seja pela positiva ou pelo negativa. Ambos os momentos acabam por ser uma lição...na altura temos imensa dificuldade em ver esse ensinamento, mas posteriormente a nossa mente e o nosso coração chegam ao cerne da questão. Pelo menos eu penso assim. No inicio do ano sabe bem pensarmos que vamos começar ou reiniciar mais um ano, com tudo o que de cor de rosa nos possa trazer...como se fosse possível!!! Somos tão ingénuos quando queremos. De há três anos a esta parte não tenho pedido nada. Aliás não tenho por hábito vestir lingerie azul ou subir em cima da cadeira para comer as passas porque não gosto delas, portanto não partilho dessas superstições mais usuais nesse dia especifico. Acabo por interiormente fazer a contagem da meia noite e agradecer. Simplesmente agrad

TU...

"Tu eras o Natal... Toda Tu eras Natal...aguardava ansiosamente essa semana para te receber...adivinhava-se sempre tanta alegria, vivacidade, presépio, cor, embrulhos...doces, panelas a fumegar, conversas até altas horas ao lume sobre tudo e mais alguma coisa...umas prendas didácticas e outras "prendas teenagers" como lhes chamavas...gostava tanto...e tenho tantas saudades... Mas tantas que até chega a doer por vezes... Quatro anos sem qualquer tipo de espírito...simplesmente porque tinha de ser e porque algumas pessoas perto de nós merecem o esforço... 4 anos quando o pai adoeceu...e no ano seguinte foste tu que foste "embora"...uma tristeza profunda apoderou-se de nós...a vivacidade que existia deu lugar a um sentimento de vazio, de dor, de rancor...o pensamento "tomara já que esta época passe" assola-nos a mente constantemente...e não havendo crianças pequeninas no seio familiar tornou mais fácil que a época passasse em vão... Em ano

35 anos em conjunto

Desde pequenina, pelo que costumam contar, sempre fui muito agarrada a vocês.Não ia a lado nenhum sem vocês irem comigo, e quando decidiam ir a alguma lado faziam questão de me levar sempre. Contam que era muito bem comportada,, nada de birras, de fácil entretém e com um sorriso no rosto redondinho. Nunca deixaram de fazer a vossa vida por terem uma bebe, nunca deixaram de sair, divertir, trabalhar ou namorar por terem uma filha convosco... E daí nasceu uma vida conjunta de 35 anos...3 anos de casados somente os dois e os outros 32 anos com a minha companhia! Estão de parabéns por todos estes anos. Estão de parabéns pela vossa convivência, pelo que ainda conseguem demonstrar, tolerar e argumentar ao fim de tanto tempo. Dei por mim a olhar para vocês e a sorrir...são uns valentes. São uns lutadores enquanto casal e não os consigo imaginar um sem o outro. Formam um só e é nesse conjunto que gostaria de me rever um dia... É bonito perceber que apesar das discussões como em

(Re)começos

A palavra recomeço pode trazer-nos sentimentos dúbios...por um lado cada um de nós pode passar pela experiência de um recomeço feliz e extasiante se isso fizer parte de uma escolha pessoal, de um motivo especial , uma opção de vida imposta a nós e por nós...por outro lado o recomeço pode ser imposta pela vida, pelo sofrimento vivido até então, por falta de opções diferentes ( nem meto em causa se opções melhores ou piores, mas somente opções diferentes!) Recomeço quase que obrigatório...é aquilo ou aquilo! É este recomeço ou algo não muito melhor... Hoje assisti a um recomeço. Hoje rolaram-me pela face lágrimas de felicidade mas também de impotente, de tristeza, de angustia por não poder alterar o rumo das coisas... Hoje assisti a um recomeço de uma menina grande, uma menina pequena na idade mas grande no coração, nas atitudes. grande na cabeça mas principalmente no coração. Grande nas decisões, Grande na luta e na coragem. Um recomeço difícil e doloroso...uma nova fase qu

My Home

Este foi o primeiro fim de semana na casa nova! este foi o primeiro fim de semana num espaço MEU! Com as minhas coisas, umas guardadas à tanto tempo...outras escolhidas a rigor, com imenso carinho e contentamento... Espero ser FELIZ dentro destas paredes...espero poder encontrar aqui o meu refúgio,o meu porto de abrigo nas horas boas e nas outras menos boas... Consegui ter o meu cantinho, com calma  e ponderação...na altura que teve de ser... :) É um misto de coisas novas aos 32 anos...mais uma fase de (re)começos...de experiências...a primeira cama de casal :)...o meu quarto...a minha sala...as minhas coisas!! Puro egoismo? Não.Não acho. Simplesmente gosto pelo que atingi. Gosto pela luta...mais uma... E tu, sempre ao meu lado...minha Mãezita linda!!! Tu...sempre a incentivares, a dar beijinhos e abraços e a acreditar! Obrigada pelo companheirismo...sem ti nada disto teria sido possível!Sem ti seria tudo bem mais doloroso... As noites aqui não têm

Afetos

Decorria o ano de 2012 quando conheci o casal França...e que casal! Ele alto e bem parecido, mas infelizmente algo já debilitado pela doença.Ela, nariz arrebitado, dona da sua casa e não a favor de "gente estranha" ao seu redor. Quem estivesse atento ao discurso, rapidamente percebia que o Alzheimer tomava conta da sua cabeça, mas o marido, com uma paciência e calma difícil de encontrar nos cuidadores ao fim de tanto tempo lá ia tentando responder às questões da amada. A 5 de outubro de 2012 entro naquela casa pela primeira vez sozinha...com a árdua tarefa de acompanhar ao fim do dia a D. Conceição, uma vez que o marido já tinha falecido. Ia um pouco receosa pela abordagem inicial e já com um pré-aviso do feitio bastante difícil da senhora. Juntando o facto de ter de lidar com o luto, piorava tudo. Mas lá fui... Toquei a campainha e mal a porta se abre, vejo uns olhos esbugalhados, saídos de uma cara séria, aspeto circunspecto..."Quem é você?", pergunta

Sistema Nacional de Saúde

Acabei de ouvir uma notícia no telejornal e sinceramente sinto-me incrédula! Como é possível no ano de 2014, o nosso sistema de saúde funcionar assim? E digo assim...tão mal!Tão pessimamente mal? Como é que se explica que alguém espere 2 anos em meio hospitalar para fazer um exame? Como é  que tanto se apela para serem feitos rastreios como meio de prevenção e despiste, e depois, quando os cidadãos os fazem...ficam na mesma? Ou piores, pois sabem que algo não está bem na sua saúde e são confinados a uma lista de espera em meio hospitalar e vivem com a agonia da espera... Espera essa que, como neste caso, acabou por ser prejudicial, uma vez que o cancro desta senhora tornou-se inoperável...é ou não é angustiante? Se as pessoas são encaminhadas para o hospital, para consultas ou exames é porque precisam, é porque é urgente, ou em muitos casos já é o último recurso. Temos direito a esse serviço, temos direito a ser atendidos o quanto antes. Os serviços têm de dar resposta o

As mulheres e a maternidade

Porque será que quando uma mulher chega aos 30 anos a pressão sobre o fator "maternidade" tem tendência a ser impulsionada por todos aqueles que as rodeiam? Perguntas frequentes como então para quando é, não achas que está na altura, estás à espera de quê passam a ser frequentemente dirigidas e por vezes em resposta sai simplesmente um ligeiro sorriso amarelo pois nem as próprias sabem bem o quer responder, quer-me parecer! Na maioria dos casos acredito que não exista um motivo...vai-se simplesmente adiando algo que se pode efetivamente adiar! Primeiro porque devido à crescente emancipação da mulher, esta acaba por ter outros objetivos de vida que antigamente não constavam sequer nos pensamentos femininos. A mulher de 30 anos dos nossos dias pretende terminar os estudos e muitas das vezes ainda arrisca colocar-se em pós-graduações ou formações complementares. Essa mesma mulher,posteriormente quer encontrar um emprego de acordo com a sua qualificação, e sendo nova obv