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"Como gostaria de ser pequenina outra vez"...pensa a menina crescida...

Caminhar pela casa fora com os sapatos da mãe e do pai...
Correr e tropeçar,correr e tropeçar...numa sintonia algo desengonçada mas que a fazia dar pequenitas gargalhadas de entusiasmo e travessura enquanto a mãe corria atrás dela duma forma protectora...

Pena não a conseguir proteger sempre...em pequena, queda aqui queda acolá a coisa vai escapando mas quando cresce essa protecção já não é tão eficaz nem protectora...
Os riscos são maiores e a menina que cresceu tem de valer por si só...tarefa que tenta desempenhar o melhor que sabe e que a mãe lhe ensinou...mas...por vezes sente-se insatisfeita e incapaz de fazer mais ou melhor...

Mas guarda sempre para si essas ideias, não as partilha com ninguém e muito menos com a sua mãe para não a preocupar e também porque acha que agora que já é crescida ela é que cuida da mãe...

Mas a mãe não sabe, mas a menina acha que ela sente mas também não lhe diz nem confessa o que sente...

Complicado??Hum...um pouco sim...mas por bastantes vezes a menina aconchega-se na sua camita pequenina e sente-se uma criançita enquanto dorme...respira fundo e adormeça com a sensação de leveza e de despreocupação...simplesmente porque naquele espaço,o seu,pode ser uma criança como fora em tempos...

Quando o dia raiar a criança dá lugar a uma menina crescida pronta para a azáfama do dia-a-dia...mas em pequenos momentos do seu dia vem-lhe ao coração o pensamento do quanto gostaria de ser criança nvamente e simplesmente brincar com o que lhe apetece-se sem pensar no amanhã...